Instituto de Filosofia e Ciências Sociais
Largo São Francisco de Paula, 1 - Centro, Rio de Janeiro
Data
De 1817 até 2021
A história da edificação que abriga o Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) e o Instituto de História (IH) começa com o lançamento da pedra fundamental para construção da nova catedral para cidade em 1749 (BARATA, 1973, p.25). Entretanto, as obras da "Nova Sé", como era chamada à época, nunca foram concluídas e foram interrompidas de vez em 1797, finalizados apenas um sobrado com a sacristia, consistório, capela-mor até o arco-cruzeiro (GERSON, 2000).
O local fica abandonado até quando D. João VI decide, em 1811, colocar a Real Academia Militar na Sé inacabada. O projeto vai aproveitar então o sobrado que havia sido construído nos fundos do terreno. Desde esta época, é importante frisar que o edifício passa a ser uma instituição de ensino.

Data

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2021

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2016

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sem data

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Em 2009, é concedida a autonomia do Instituto de História (IH). O IFCS e o IH permanecem no edifício do Largo de São Francisco de Paula nº1 até hoje, reconhecendo-o também por seu valor simbólico, enquanto palco de ações de movimentos culturais, sociais e políticos e sociais.
Data
2011
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2014
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2014
A escada escultórica em madeira é digna de nota, nos andares em que não está enclausurada, ou seja, do 2º ao 4º andar. A escada original era de 2 pavimentos, projeto de Pezérat; depois, é completada, na época da obra de Paula Freitas, que constrói seu pórtico por cima do pórtico original - provavelmente, por esta razão, ela fica enclausurada do primeiro ao segundo pavimentos. Com acréscimo do 4º andar, ela é completada com a balaustrada final.

Data
2007
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2007
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2007
No que se refere à proteção, o edifício que abriga o IFCS e o IH a recebeu nas três esferas: federal, estadual e municipal. Trata-se de um edifício que foi sendo construído aos poucos e diversas vezes ampliado, entretanto, possui, de acordo com Natália Oliveira (2022): .1989 - Tombamento definitivo do Instituto Estadual do Patrimônio Arquitetônico Cultural do Estado do Rio de Janeiro (Inepac-RJ), abrangendo ‘’a totalidade da massa arquitetônica do edifício”; .1992 - Lei Complementar nº16 de 4 de junho de 1992, que transforma a área estabelecida para o Corredor Cultural em uma APAC; . 1998 – Tombamento pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (IPHAN) abrangendo a totalidade do edifício.

Data
2005

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2005

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2005

Data
2003
A Biblioteca do IFCS foi criada a partir da junção de dois acervos: o da biblioteca da antiga Faculdade de Filosofia e o do antigo Instituto de Ciências Sociais. Recebe o nome de Biblioteca Marina São Paulo Vasconcelos, em homenagem à catedrática em Antropologia e primeira Diretora do IFCS, após 1968. O espaço foi objeto de uma grande reforma no final da década de 1990, reestruturando-o com a inserção de novos elementos arquitetônicos, para o acesso dos estudantes às estantes.

Data
sem data
Em 1965, a Universidade do Brasil (UB) torna-se a Universidade Federal do Rio Janeiro (UFRJ) e a Escola Nacional de Engenharia passa a se chamar Escola de Engenharia da UFRJ, pouco tempo depois transferida para o Campus do Fundão (Côrtes Apud OLIVEIRA, 2022). O Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) ocupa o edifício apenas em 1969.

Data
1955

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sem data
Na década de 1930, são acrescentadas varandas de concreto com cobertura de telha canal, ao redor do 1º e 2º pavimento. Entre 1948 e 1955 ocorre a complementação do 3º e o acréscimo do 4º pavimento, quando o edifício assume o seu aspecto atual.

Data
cerca de 1930
Três instituições de ensino superior - a Faculdade de Medicina, a Faculdade de Direito e a Escola Politécnica - se unem, em 1915, para formar a Universidade do Rio de Janeiro. Em 1937, esses mesmos cursos formam Universidade do Brasil - UB (FÁVERO, 2010), quando o nome é alterado para Escola Nacional de Engenharia. O espaço na Escola continua escasso, mesmo utilizando outros edifícios, como o Praça da República nº22, reservado para curso de eletrotécnica e o observatório que inicialmente ficava no Morro de Santo Antônio e que, com a demolição de parte desse morro, foi transferido para o Morro do Valongo (OLIVEIRA,2022).

Data
cerca de 1900
Entretanto, com o novo currículo da Politécnica era necessário mais espaço. A engenharia vivia um momento de prosperidade no país, com a vitória da guerra do Paraguai e a produção cafeeira. As discussões sobre a expansão da Escola já vinham desde antes da Proclamação da República. No segundo mandato de José de Saldanha da Gama como diretor da Politécnica (1901-1905), foi construído o terceiro pavimento da edificação. A construção durou de 1901 a 1903 e foi projeto de Antônio de Paula Freitas (BARATA, 1973). Paula Freitas criou um pórtico sobre o corpo central de Pézérat, sendo que, no primeiro pavimento, três arcadas com tratamento rusticado e, nos outros pavimentos, duas colunas jônicas colossais coroadas por frontão reto.

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sem data

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Salas de Aula, Laboratórios e Gabinetes de professores da Escola Politécnica.

Data
Cerca de 1900

Data
cerca de 1890

Data
1876
Em 1874, novo nome e novas demandas. A Escola Central passou a se chamar Politécnica e, em 1876, “foram feitas mudanças em algumas salas de aula, foi colocada uma varanda circundando o pátio a qual recebeu posteriormente puxados envidraçados para servir de laboratórios ou aulas práticas" (BARATA, 1973).

Data
1865

Data
1862

Data
1861
Em 1858, a Escola Militar se muda para Urca e Praia Vermelha e a edificação do Largo de São Francisco passa a ser ocupada pela Escola Central de Estudos Científicos e de Engenharia (GERSON, 2000, p.298). Na Escola Central, aconteceram Exposições Nacionais, que funcionavam como preparatórias para as Exposições Internacionais. No convite para a 1ª exposição, em 1861, é possível observar a composição da fachada principal: o edifício possuía 2 pavimentos, um corpo central e dois corpos laterais. O corpo central era dividido em três panos por pilastras colossais em cantaria, com vãos em arcos plenos arrematados por um frontão reto. Os corpos laterais são exatamente iguais, apresentam dois panos, com dois vãos em cada pavimento, também separados por uma pilastra colossal, arrematados, na lateral, com cunhal em cantaria. As rampas e as escadarias em pedra já tinham sido acrescentadas nesta data.

Data
1855-1856
Em 1853, de acordo com Barata (1973, p.37), são acrescidas as rampas com balaustrada e a escadaria em pedra, na fachada principal. O edifício foi ocupando o lote em fases: primeiro um bloco nos fundos, depois um bloco na frente do lote e, por último, os blocos das laterais formando um pátio interno. Os primeiros registros fotográficos dos blocos laterais são de 1856 (OLIVEIRA, 2022).

Data
1850
A Real Academia Militar funciona de 1812 a 1851 quando é dividida em duas escolas, permanecendo no local a Escola Militar (GERSON, 2000). Deste período temos o projeto do arquiteto Pézerat de 1926 (BARATA,1973, p.35). Segundo Oliveira (2022), este projeto previa a ocupação de todo o lote, entretanto, só foi construído o bloco de frente para o Largo São Francisco de Paula, com as seguintes características: um edifício com dois pavimentos, com feições neoclássicas, tendo ao centro um corpo bem marcado.
Data
1817
Bibliografia
BARATA, Mário. Escola Politécnica do Largo de São Francisco: Berço da Engenharia no Brasil. Rio de Janeiro: Associação dos Antigos Alunos da Politécnica, 1973.
FÁVERO, Maria de Lourdes. Universidade do Brasil: das origens à construção. 2ed. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ, 2010.
GERSON, Brasil. História das ruas do Rio: e da sua liderança na história política do Brasil. 5 ª ed. Notas, introdução, fixação do texto _ Alexei Bueno; Rio de Janeiro: Lacerda Ed., 2000.
INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS SOCIAIS - IFCS - UFRJ - A BIBLIOTECA. Disponível em: https://ifcs.ufrj.br/index.php/biblioteca. Acesso em: mar, 2022.
OLIVEIRA, Natália de Figuerôa Faria Alencar. "Restauração do Edifício no Largo de São Francisco de Paula nº 1: fortalecimento do patrimônio arquitetônico da UFRJ". Dissertação (Mestrado Profissional em Projeto e Patrimônio). Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2022.